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Companhias

Cia. do Teatro Nu (PE)

Criada em 2004, pelos atores e produtores Edjalma Freitas e Henrique Ponzi, a companhia surgiu no Recife num momento de extrema escassez de formação artística, sobretudo, no que diz respeito a uma formação sistemática. Findo os cursos de formação do ator da Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ) e Curso Regular de Teatro do SESC-PE, a cidade só dispunha, à época, da licenciatura em educação artística: habilitação em artes cênicas, oferecido pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), cujo objetivo era a formação de professores em artes. Diante desse contexto, movidos por uma necessidade de pesquisa e processos de criação, os atores e empreendedores culturais, uniram-se, a partir de afinidades estéticas e ideais, no afã de propor projetos de montagens teatrais que contemplasse uma formação técnica para seus integrantes e possibilitasse a investigação de linguagens, numa busca identitária que dialogasse com seu tempo e espaço. Fruto desse investimento, a companhia apresentou na cidade do Recife e alguns estados Brasileiros, 04 (quatro) montagens de peças teatrais: Cartas para um Mozartiano (2006); Fio Invisível da minha Cabeça (2008), Encruzilhada Hamlet (2009) e Na Solidão dos Campos de Algodão (2012). Além de 02 (dois) ciclos de estudos voltados à dramaturgia: Ciclo de Dramaturgia Norberto Cardoso (2005), e II Ciclo de Dramaturgia – Caio F. Escrita Poética (2008); e um texto de teatral original a ser publicado. Desde o seu surgimento, a Companhia do Ator Nu vem desenvolvendo suas criações partir de estudos em torno da dramaturgia clássica e contemporânea, montando textos prontos ou reescrevendo-os, num processo de elaboração dramática autoral, cheio de integeneracidade e referências pessoais refletidas na escrita e na cena. Como, por exemplos, a pesquisa a cerca da obra Shakespereana, Hamlet, o príncipe da Dinamarca, conduzida pelo professor, encenador e dramaturgo João Denys, no qual resultou o texto/encenação, Encruzilhada Hamlet (2004 – 2009). E a montagem da peça, Na solidão dos campos de algodão, de Bernard Mariè Koltés, construída em parceria com o Teatro do Pequeno Gesto – RJ, em 2012. É a partir desta montagem que a Cia. recebe mais um integrante, o ator pernambucano, residente em São Paulo, Tay Lopez. Objetivando aprofundar seus estudos sobre o trágico a Cia. empreende um novo projeto e mergulha no vasto, rico e difícil mundo de Édipo, tendo como finalidade principal sua nova criação dramática e encenação. Para conduzir esse processo a Companhia do Ator Nu convida a dramaturga e encenadora Luciana Lyra, firmando parceria com o seu estúdio de investigação UNA(L)UNA – Pesquisa e Criação em Arte para juntos desenvolver este projeto de criação, que passa pela pesquisa, construção dramática e encenação. O convite efetuado à encenadora se deu, além das competências artísticas comprovadas, sobretudo, por seus estudos de pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado) em torno da mitologia, no qual desenvolveu um complexo procedimento criativo que fomenta a elaboração dramatúrgica e cênica, por meio de experimentações de ritos e da aproximação de mitos com a temática escolhida. Em nosso caso, a legenda de Édipo.

Próxima Companhia (SP)

A Próxima Companhia, núcleo artístico da Cooperativa Paulista de Teatro, foi constituída a partir da união de artistas egressos do Clã - Estúdio das Artes Cômicas que após cinco anos de trabalho conjunto (2009 - 2013) optaram por ter seu núcleo artístico constituído. O grupo tem sua criação cênica e método de pesquisa com foco nas questões da memória, no trabalho do intérprete e sua relação com o público. Propostas de treinamento são trazidas pelos próprios integrantes e artistas colaboradores convidados, privilegiando técnicas e dinâmicas de improviso, valorizando o jogo entre os atores e as tradições do teatro popular e a linguagem das máscaras e do circo. A Próxima Companhia vale-se ainda de técnicas extra-teatrais como recurso para potencializar o discurso cênico (meditação ativa, danças circulares, ateliê de canto etc.). Vivenciar atividades lúdico-teatrais (intervenções urbanas, performances, contações de história) e de formação, ministrados a diferentes públicos pelos integrantes da companhia que também possuem formação como arte-educadores (cursos de iniciação à técnica do palhaço, improvisação para a cena, iniciação teatral, formação de educadores, confecção e uso das máscaras teatrais etc.) também são parte da preocupação do grupo com o trabalho de investigação teatral, com a troca de conhecimentos com o público. Como forma de potencializar suas ações artístico-culturais o grupo mantem um espaço chamado Galpão101, no bairro da Água Branca, em São Paulo/SP. Atualmente o grupo se encontra em três processos de montagem, um deles com direção de Dagoberto Feliz do espetáculo com nome provisório Uma Odisseia Homérica, outro em processo colaborativo das atrizes do grupo com direção e dramaturgia de Luciana Lyra, com nome Quarança e o terceiro a partir de articulações das memórias da região onde está situada a sede do grupo.

Arkhétypos grupo de teatro (RN)

Grupo formado por artistas ligados ao curso de Artes Cênicas da Universidade Federal do Rio Grande Norte, coordenado e dirigido pelo Prof. Dr. Robson Haderchpek. Dentre seus espetáculos, pode-se destacar Santa Cruz de não sei e Aboiá, atualmente vem desenvolvendo o projeto Fogo de Monturo, com direção e dramaturgia de Luciana Lyra, da Unaluna - Pesquisa e Criação em Arte.

Duas Companhias (PE)

Fabiana Pirro, ao longo de quinze anos de comunhão com o teatro, pesquisou e produziu espetáculos dentro do Teatro das Tradições e do Teatro Popular do Nordeste, em meio aos bonecos, as máscaras, os palhaços e os brincantes, dentre estes trabalhos cênicos, podemos destacar Ditirambos, A saga de Zacarias contra a Morte e o Diabo, Caetana e Divinas. Em 2014, a atriz lançou-se em uma nova investigação adentrando no universo do feminino, do erotismo, da solidão e da morte em Hilda Hilst. Para tanto, trouxe para a construção de Obscena a dramaturga e encenadora Luciana Lyra, da Unaluna - Pesquisa e Criação em Arte.

Companhia Luzia de Teatro (SP)

Formada por ex-aprendizes da Escola Livre de Teatro de Santo André-SP, a Cia Luzia de Teatro nasce do desejo de navegar por mares ainda não descobertos, explorar ainda mais intensa e profundamente o fazer teatral por meio de uma pesquisa continuada. Na Formação 13 desde 2009, os atores da Cia Luzia já passaram juntos pela pesquisa do ator-narrador, assim como por três montagens de Bertold Brecht – "Aquele que diz sim" e "Aquele que diz não", que resultou na peça "Aquele que diz"; "Baal", que resultou no experimento "Baal – hibernação na lama preta para nossos corpos brancos" e "Londres ri de nós", peça baseada nos textos "Eduardo II" de Cristopher Marlowe e "A vida de Eduardo II da Inglaterra" de Bertold Brecht. Partindo da pesquisa da cultura caipira especialmente no estado de São Paulo, surgiu o espetáculo "Catalão Macaubal", dramaturgia de Antônio Rogério Toscano e direção de Cris Lozzano. Após tantos experimentos e vivências nos quatro anos de formação engendrados pela Escola Livre de Teatro, a Cia Luzia aparece como um grupo que busca reforçar suas bases junto à investigação sobre a experiência do ator enquanto uma força motriz, criativa e criadora no processo de compartilhar a experiência teatral. "Salema – Sussurros dos afogados" mostra-se, nesse sentido, como a primeira obra dessa investigação da Cia Luzia de Teatro, em parceria com Unaluna – Pesquisa e Criação em Arte. A Cia. Luzia de Teatro é atualmente formada pelos atores Alex Bischiliari, Stella Garcia, Josi Cerqueira, Joel Simil e Doralice Odília.

Companhia Laborsartori (GO)

O Laborsartori é um coletivo fundado pelo diretor, ator e performer Alexandre Nunes, pernambucano radicado em Goania-GO, onde é professor doutor do Departamento de Artes da Universidade Federal de Goiás. O trabalho deste coletivo fundamenta-se em experiência com procedimentos  advindos de estéticas e escolas variadas, como o butoh japonês, as dramaturgias da imagem, a performance, o teatro coreográfico e o teatro físico. Estas noções e escolas artísticas servem de referência na compreensão do corpus de procedimentos com o qual o grupo trabalha, em seu laborartório de pesquisa, mas não define propriamente o resultado de seus espetáculos que, mormente, podem ser compreendidos como leituras particulares de mitos, ideias, histórias ou textos teatrais de tradição brasileira e internacional. Para o Laborsartori, Luciana Lyra, fundadora do estúdio Unaluna – Pesquisa e Criação em Arte, escreveu a dramaturgia NJILAS, que nomeia o novo espetáculo do coletivo, que estreou no Teatro da UFG, em Goiania. O Laborsartori é formado pelos atores: Renata Weber, Gabriela Lima, Eduardo Teixeira, Clarice Duarte, Aline Isabel e Alessandra Almeida.